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Organização do Lollapalooza recorre de decisão do TSE que vetou manifestações políticas

A organização do Lollapalooza recorreu neste domingo, 27, da decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que vetou manifestações...

Por Murillo Maia 27/03/2022 às 23:35:32

A organização do Lollapalooza recorreu neste domingo, 27, da decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que vetou manifestações políticas de artistas do festival. O ministro Raul Araújo alegou que houve propaganda eleitoral antecipada e determinou multa de R$ 50 mil em caso de descumprimento. A ação foi apresentada pelo PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, após a cantora Pabllo Vittar levantar uma bandeira do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo dia de festival. No documento enviado ao TSE, a T4F Entretenimento afirma que os protestos que ocorrem no evento não se tratam de manifestação eleitoral, mas sim política, artística e de caráter pessoal de cada cantor ou banda.

“Alguns dos artistas participantes do Festival, como comumente ocorre, expressaram em seus shows suas opiniões acerca do atual Presidente e acerca da política em geral. O fizeram de forma autônoma e independente, por sua vontade própria, sem remuneração ou indicação de conteúdo”, declarou. A empresa afirma ainda que não tem controle sobre o conteúdo dos shows e não pode agir como uma censora privada. “A Corte Suprema se posiciona reiteradamente em reconhecimento do fato de que o direito à crítica é basilar para o pleno exercício das liberdades de manifestação de pensamento e é fundamental para a perfeita consolidação do Estado Democrático”, acrescentou.

Após a decisão do TSE, alguns artistas voltaram a se manifestar neste domingo. A banda Fresno estampou a frase “Fora Bolsonaro” no telão. Durante o show, o vocalista, Lucas Silveira, chamou Lulu Santos para subir no palco. O artista citou a manifestação da ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), em 2015: “Cala a boca já morreu, quem manda na minha boca sou eu”. Lulu finalizou o show com a frase “censura nunca mais”, e Silveira pediu que os fãs votassem nas eleições de outubro. O rapper Djonga também criticou o presidente Bolsonaro algumas vezes durante a apresentação e recebeu aplausos da plateia. O público também se manifestou durante a maioria dos shows.

Fonte: JP

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