O vice-governador João Leão anunciou oficialmente que o Progressistas da Bahia está fora da base aliada do governo do Estado, no final da tarde desta segunda-feira (14), após reunião da Comissão Executiva da sigla, na sede do PP baiano, edifício Wall Street, em Salvador. Em nota pública, a Comissão Executiva do PP baiano narrou a contribuição que o partido deu nos últimos 14 anos nas gestões estaduais petistas e explicou os motivos da decisão.
"Quero ressaltar que nos 14 anos de aliança com os governos do PT, jamais faltou da nossa parte lealdade, dedicação, apoio parlamentar e espírito público. Após amplo debate e consultas às lideranças progressistas, decidimos, por unanimidade, se afastar da aliança atual e buscar outros caminhos onde possamos continuar trabalhando pelo povo baiano", disse Leão.
Antes da reunião, o vice-governador esteve no gabinete do governador Rui Costa e entregou sua carta com pedido de exoneração do cargo de secretário do Planejamento. Na sequência, foi a vez dos secretários de Desenvolvimento Econômico, Nelson Leal, e de Infraestrutura Hídrica e Saneamento, Leonardo Góes, também entregarem os cargos.
Assinaram a nota o vice-governador João Leão, presidente do partido, Jabes Ribeiro, secretário Geral, os deputados federais Cláudio Cajado, Cacá Leão, Ronaldo Carletto e Mário Negromonte Junior, e os deputados estaduais Nelson Leal, Eduardo Salles, Antônio Henrique Jr, Robinho, Luiz Augusto, Niltinho, Aderbal Caldas e Dal.
Veja abaixo a íntegra da nota do PP:
O Progressistas Bahia decidiu buscar novos caminhos. Mas, antes de falar do futuro, precisamos rememorar a contribuição do Partido nos êxitos das últimas quatro gestões estaduais e explicar o caminho que nos trouxe até esta importante decisão.
Nesses 14 anos de aliança com o PT da Bahia, o PP contribuiu ativamente nas três vitórias eleitorais de 2010, 2014 e 2018. Participou das administrações petistas com companheirismo e protagonismo nos avanços conquistados. Neste período, o vice-governador João Leão, presidente estadual do Progressistas e uma das principais lideranças políticas da Bahia, esteve à frente das secretarias de Infraestrutura, Desenvolvimento Econômico, Planejamento e, em todas elas, realizou gestões responsáveis e inovadoras, assim como todos os quadros do PP que participaram do governo.
Vale ressaltar que neste período de aliança, jamais faltou lealdade, dedicação, apoio parlamentar e espírito público. Depois de muitas reuniões sob a coordenação do senador Jaques Wagner, foi atribuída ao partido a responsabilidade de assumir o governo durante os nove meses finais do atual mandato.
O governador Rui Costa se afastaria do cargo para concorrer ao senado federal e o senador Otto Alencar ao Governo do Estado. Mesmo não concorrendo a um mandato popular, Leão aceitou o convite com a convicção de poder trabalhar muito mais pelo povo baiano.
Logo após aceitar o honroso convite, Leão participou de um encontro em São Paulo com o ex-presidente Lula, acompanhado do governador Rui Costa que, na oportunidade, deu conhecimento do acordo a Lula.
Na segunda-feira, 07 de março, porém, em entrevista a um programa de rádio de Salvador, o senador Wagner anunciou a nova composição da chapa. Nela, o vice-governador João Leão não teria nenhuma participação. Leão também não mais assumiria o governo.
Além de considerar inaceitável a quebra do acordo, a indelicada comunicação da decisão pela imprensa causou uma imensa decepção e a constatação de que o PP não era mais desejado e não tinha espaço na aliança que nos trouxe até aqui.
Somos homens e mulheres dedicados ao trabalho pelo desenvolvimento do nosso Estado e as propostas programáticas do partido sequer foram consideradas.
O partido se uniu em torno de Leão. De todos os rincões do estado chegaram palavras de solidariedade e apoio. A Executiva Estadual do PP, após amplo debate e consultas às lideranças progressistas, decidiu, por unanimidade, se afastar da aliança atual e buscar outros caminhos onde possa continuar trabalhando pelo povo baiano.
O PP é um dos maiores partidos da Bahia e do Brasil e a nossa história não foi reconhecida na decisão dos líderes petistas.
O partido agradece a civilizada convivência desses 14 anos com todas as lideranças partidárias e enaltece as relações construídas com os demais partidos da base.
Chegou a hora de partir, de mudar para avançar.
Comissão Executiva do Partido Progressista – Bahia
PolÃtica Livre