Com o debate sobre a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) pelo fim da fim da escala 6×1, apresentado pela deputada federal Érika Hilton (PSOL-SP), dominando o debate político e nas redes sociais, o governador do Estado, Jerônimo Rodrigues (PT), foi mais um que se mostrou favorável a medida.
Em entrevista à imprensa na manhã desta quarta-feira (13), durante a assinatura da mensagem do projeto de lei (PL) que autorizou a criação da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes por Discriminação e Intolerância Racial e Religiosa (Decrin), no Centro de Operações e Inteligência (COI), em Salvador, o governador defendeu a adoção de uma "carga horária humanizada" nos moldes do que já é praticado em outros países do mundo.
"Em outros países, a carga horária de trabalho é uma carga horária humanizada. Então, eu tenho certeza que a Câmara Federal encontrará uma saída para que não haja prejuízos econômicos, que é o que uma frente que defende isso dialoga, mas que também não haja a continuidade de um comportamento de que as pessoas, a classe trabalhadora não tenha a oportunidade de um lazer, de um descanso, de cuidar da família e da sua saúde", afirmou.
A proposta da PEC é a redução da jornada de trabalho de 44 para 36 horas semanais, mantendo o limite de oito horas diárias. Para que isso aconteça, no entanto, será necessário alterar o inciso XIII do artigo 7º da Constituição. "Eu tenho uma boa expectativa, eu tô acompanhando a votação da assinatura do documento para encaminhar ao Congresso e eu espero que o Congresso, mais uma vez, faça um bom debate sobre isso", declarou o governador.
A PEC da deputada psolista já conta com 194 assinaturas recolhidas dos 513 deputados, 23 a mais do que o necessário para iniciar a tramitação na Câmara dos Deputados. Entre os 39 deputados da bancada da Bahia, 13 se posicionaram a favor: Alice Portugal (PCdoB), Lídice da Mata (PSB), Pastor Sargento Isidório (Avante), Bacelar (PV), Daniel Almeida (PCdoB) e Raimundo Costa (Podemos). Os parlamentares do PT, Elisangela Araújo, Ivoneide Caetano, Jorge Solla, Joseildo Ramos, Josias Gomes, Valmir Assunção e Waldenor Pereira também fecharam questão quanto à proposta.
Carine Andrade, Política Livre