Fui criado no sertão com poeira na estrada. Com colete de couro. Viajando a cavalo sertão a fora levando a boiada fugindo da seca. Sei armar um rancho como ninguém. Sei fazer meu café de tropeiro, tocar meu berrante e seguir a vida eu sou bicho mato não sei falar direito não sei fazer meu nome. Mais sei tirar água gravata para matar a minha sede. Comer cortado de palma com farinha seca. Sou cabra do Nordeste com muito orgulho. Fui criado educado para nunca pegar no alheio nem ferir sem ser ferido. A minha amada mora no meu coração sertanejo linda cabocla do sertão. Como é lindo quando estamos em nosso rancho e a lua vem nos admirar. Carinho de mulher sertaneja acalma o homem tira o cansaço da labuta diária e as vezes faz cabra chora sem sentir dor. Não troco meu rancho por casa nenhuma na cidade sou feliz aqui ao lado da minha cabocla sertaneja.
Eduardo Souto Freitas. Pedagogo/Especialista em Gestão Pública